quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Poder, política e Estado

As palavras poder e política são comumente consideradas como sinônimos, especialmente para quem considera a política uma atividade desnecessária ou mesmo prejudicial. Essas palavras podem até estar relacionadas, mas não são necessariamente semelhantes. Daí a importância de as esclarecermos em separado, para que possamos entendê-las em conjunto.
Poder, em seu significado maior, é a capacidade de agir, de produzir efeitos, tanto entre seres humanos como em relação aos fenômenos naturais. Ao tratar do poder no seu aspecto social, ou seja, na relação entre o homem e a sociedade, essa atividade é marcada não só pela capacidade de agir, mas também pelo fato de o homem determinar o comportamento de outros homens, tendo como princípio maior o uso da violência física – a força. O poder social faz com que o homem não seja só sujeito, mas também objeto deste poder. Quando um governo determina leis, ele está exercendo um poder social. O poder político, portanto, é uma forma de poder social. Basicamente, é aquele poder exercido pelo Estado sobre a sociedade. Por Estado devemos entender o conjunto das instituições por meio das quais se exerce o governo.
De acordo com o sociólogo alemão Max Weber, o Estado é o detentor do monopólio legítimo da força, especialmente porque controla a polícia e as Forças Armadas.
Podemos perceber a necessidade do máximo de aproximação entre a população e seu governo, de tal maneira que o segundo não possa "abusar" da força e do poder que possui em relação à primeira. Somente pela força, o poder político não é capaz de se manter. É necessário que este poder se legitime, ou seja, é necessário que ele tenha o apoio da maioria das pessoas que vivem sob ele. Daí a necessidade de o Estado não estar distante da realidade das pessoas comuns, mas sim de fazer-se porta-voz dos interesses dessas pessoas. Esse é um instrumento vital para a manutenção e o exercício do poder político.

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